segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Acredite

Estava assistindo a novela Tititi (sim, gente, é cultura inútil, mas sempre que dá eu assisto, fazer o que... nasci com essa síndrome.) e depois dos dois diálogos abaixo parei para pensar nos relacionamentos.

"- Você já se casou alguma vez?
- Não.
- Por isso você é romântico."

"Aproveite, minha querida, pois esta será a última noite (da despedida de solteira) em que poderá ser você mesma." 
 É engraçado, né?! Tomamos um rumo estranho na vida. As pessoas tomaram. Parece que agora é pecado acreditar no amor. Não pela novela que é só uma novela, mas por que é isso que se vê em todos os lugares. De repente amar é ser utópica, boba e até mesmo chata.
Eu não acho que as mulheres vieram ao mundo só para amar, que isso seja uma prerrogativa feminina. Eu vejo e eu sinto todos os dias que os homens também são capazes. E muito capazes, inclusive. Amar é tão bonito, tão sublime, tão fofo, meu Deus. Porque agora todo mundo deu pra ser contra? De repente ser sincero, seguir o próprio coração e ser feliz virou feiúra?
Eu já acreditei que não tinha nascido para o amor. Tinha certeza disso até uma pessoa linda aparecer na minha vida e abrir meus olhos, meu coração e meu melhor sorriso. Mas nunca, nem um dia, eu achei que o amor era impossível pra humanidade inteira. Acredito em pessoas que envelhecem juntas, que se amam desde sempre, em casais que aprenderam a se amar e naqueles que já nasceram sabendo. Sei também que existem os que se afastam, os que transformam amor em amizade e os que simplesmente "desamam". Mas isso não significa que o amor não exista, ele está em todo lugar, nas formas mais bonitas que se possa perceber.
O casamento para mim não é só uma convenção, é uma forma que duas pessoas que se amam muito (sim, tem que ser muito) encontram para compartilharem suas felicidades todos os dias. Casar é dizer sim pra uma nova vida e ter certeza de que ela será tranquila. Pode dar errado, mas não é por isso que deve ser desmoralizado. Casamento não é uma instituição falida, basta olhar. E não é o insucesso de alguns que faz com que os outros estejam fadados ao fracasso. A vida a dois, três, quatro, mil ou mesmo sozinha é cheia de percalços e desafios. Viver com outra pessoa não é simples, mas também não é impossível. É um aprendizado tão interessante quanto viver com pais ou amigos. É a vida mostrando que segue seu rumo sem que possamos impedí-la.
Não, eu nunca me casei. Pretendo verdadeiramente construir um lar ao lado do homem que eu amo. Hoje é ele, mas amanhã pode ser outro sim, porque não? O que importa é que eu não vou sentir que a véspera do meu casamento será meu último dia de vida. O que realmente importa é que meu romantismo não é obra da inocência ou da inexperiência. Meu romantismo é fruto de algumas décadas de aprendizado e de uma perspectiva mais bonita disso que todo mundo distorce: o amor.
Eu acredito sim. Eu acho bonito, sonho com momentos inesquecíveis que se concretizam ao lado do meu amor todos os dias nas pequenas coisas e acho que a liberdade e a identidade não dependem do meu estado civil. Serei sempre piegas se isso implicar em ter uma vida mais leve. Por que quem não ama, não pode ter alma. As duas coisas estão intimamente ligadas. Onde há alma, ali também existirá o amor. Que esse amor seja em qualquer coisa, mas que seja amor; puro, intenso e sincero como devem ser todos os amores.

3 comentários:

Laíza disse...

nossa! simplesmente perfeito²¹²¹²¹²!
Bom saber que mais gente pensa como eu, pq, sinceramente, concordo com cada linha e entrelinha do seu texto!
parabens!
e sim: acreditemos no amor (só assim ele acreditará em nós!).

beijos!

lídia martins disse...

Eu nunca tinha visto uma Dália, sabe.



Achei bonito. É bonito atrair uma flor. Deve ser um aviso da primavera de que estou começando a melhorar.


Seja bem vinda.



A gente se vê no ar!

Dália disse...

Muito obrigada, meninas!

Eu acredito cada dia mais, Laíza. Com todo o meu amor.

E que a sua primavera seja repleta de flores novas, Pipa!